domingo, 23 de fevereiro de 2020

Vamos falar sobre violência contra a mulher?


Você sabe por que a lei é chamada assim? Porque em 1983, a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes ficou paraplégica em razão do tiro nas costas que tomou enquanto dormia e do choque elétrico enquanto tomava banho do seu próprio marido, que só foi preso em 2002, devido à lentidão do processo. Em 2001, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos emitiu um relatório recomendando o Brasil a reagir à violência doméstica, mas essa Lei só foi editada em 2006, que adveio de estatísticas.

Em 7 de agosto de 2006 foi criada a Lei 11.340, mais conhecida como a Lei Maria da Penha. Esta Lei foi um grande avanço na proteção dos direitos das mulheres contra a violência doméstica e familiar. A cada ano, mais de um milhão de mulheres são vítimas de violência doméstica no País, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse tipo de violência, apesar de sistêmica, tem sido combatida com a defesa do direito das mulheres. 
Aqui serão apresentados os tipos de violência abarcados pela lei e os procedimentos jurídicos indicados para cada caso.

Lei 11.340/2006 – Lei Maria da Penha


Qual é objetivo desta lei?
A Lei Maria da Penha cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião.



O que é violência doméstica e familiar? 
É qualquer ação ou omissão que cause à mulher morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial que seja realizada: 
  1.  em ambiente doméstico; 
  2.  em ambiente familiar, que é a comunidade formada pelas pessoas que são ou se consideram parentes, unidas por laços naturais, por afinidade ou por simples vontade própria; 
  3.  em qualquer relação íntima de afeto, no qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida. 

Quais são as formas de violência doméstica e familiar? 
A Lei apresenta os seguintes exemplos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Por se tratarem de exemplos, considera-se que qualquer outro tipo de violência pode vir a ser enquadrado como tal nos termos da Lei. 

 O que é considerado violência física? 
Violência física é qualquer conduta que lesione ou ofenda o corpo da mulher. 

 O que é considerado violência psicológica? 
Violência psicológica é qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da auto-estima da mulher. O ofensor não pode realizar qualquer ato que tenha por objetivo mudar ou controlar as ações da mulher, ou seus comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do seu direito de ir e vir. 

O que é considerado violência sexual? 
Violência sexual é qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça ou uso da força. Impedir que a mulher use qualquer método contraceptivo ou que a force ao casamento, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante chantagem ou manipulação, também é uma forma de violência. O ofensor não pode, por qualquer meio, limitar ou anular o exercício das escolhas sexuais da mulher. 

O que é considerado violência patrimonial? 
Violência patrimonial é qualquer conduta em que o agressor retenha, pegue para ele, destrua ou suma com os objetos da mulher, ou seus instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens ou dinheiro. 

O que é considerado violência moral? 
Violência moral é qualquer conduta que configure calúnia ou difamação contra a mulher. 

 Como deve ser o atendimento policial em caso de violência? 
No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências: 
  1. garantir proteção policial, quando necessário; 
  2.  encaminhar de imediato a ofendida ao hospital e ao Instituto Médico Legal para realização de exames e tratamento; 
  3. fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida; 
  4.  se necessário, acompanhar a ofendida até em casa para assegurar a retirada de seus pertences do local.

Qual é o órgão criado pela Lei? 
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher (JVD) é o órgão especializado para tratar de todos os assuntos desde os crimes, até o divórcio, alimentos, etc., que possui equipe multidisciplinar de atendimento por psicólogo, médico e advogado. 

Esse Juizado é o mesmo do que o Juizado Especial Criminal? 
Não, pois o JECRIM só trata de infração de menor potencial ofensivo (pena máxima de até 2 anos) regulados pela Lei 9.099/1985, que nunca pode ser aplicada na violência doméstica, já que não é considerada de menor potencial ofensivo em nenhuma hipótese, mesmo que o crime cometido na violência doméstica tenha pena reduzida. 

O agressor pode receber pena de cesta básica ou multa? 
Não, exatamente por não ser considerada infração de menor potencial ofensivo, a Lei foi firme em proibir esse tipo de pena para evitar a “compra” do direito de agredir por agressores que tem condições econômicas. Assim se ele agredir, não poderá apenas pagar financeiramente por isso, terá que sofrer pena. 

Qual JVD a ofendida deve procurar? 
A mulher pode escolher o Juizado do seu domicílio, do domicílio do agressor ou do lugar em que ocorreu a violência. 

 Se não tiver JVD na cidade, onde irá “correr” o processo? 
O processo vai tramitar na Vara Criminal da cidade, ou seja, o juiz criminal vai “cuidar” de todos os assuntos, desde os crimes até o divórcio, alimentos, separação de corpos, etc. no mesmo processo, portanto, não há separação de processos para as diferentes matérias. Na Vara Criminal, há preferência dos processos que tratam da violência doméstica, ou seja, são julgados primeiro do que os outros processos que tratam de outros crimes. 

Precisa de advogado para “processar” o agressor? 
Sim, em todos os atos é necessário advogado, exceto quando a ofendida pede as medidas protetivas de urgência para o juiz. 

 Precisa pagar o advogado? 
Não, todas as mulheres vítimas de violência doméstica tem direito a assistência jurídica gratuita pela Defensoria Pública ou outro serviço perante o delegado e também perante o juiz, mesmo que possuam condição financeira, com atendimento específico e humanizado, pois são consideradas grupo social vulnerável. 

Como procurar a assistência jurídica gratuita? 
Normalmente a Defensoria já está localizada no próprio JVD, ou se não houver o Juizado na cidade, é preciso buscar a própria Defensoria local, que se também não houver, é preciso procurar a OAB local para ter acesso a advogado dativo. 

A ofendida pode procurar o Ministério Público? 
Sim, o Ministério Público tem grande atuação nessa área também, pois vai participar de todos os processos, podendo requisitar força policial e serviços públicos de saúde, educação, assistência social, segurança, e quando for o caso, encaminhar para o local adequado que presta a assistência jurídica gratuita. 

A mulher pode desistir de “processar” o agressor? 
Em regra não, pois a ação é pública incondicionada, ou seja, é o Ministério Público quem processa e não a ofendida. Porém, se for caso de ação pública condicionada à representação, por exemplo, ameaça, em que a vítima seja adulta e não vulnerável (assédio sexual), a mulher só pode desistir antes de o Ministério Público denunciar, se for na frente do juiz em uma audiência marcada só para isso. O objetivo é ter certeza de que a mulher não está desistindo só por pressão ou ameaça do agressor. 

Como são determinadas as medidas protetivas de urgência? 
O juiz tem 48 horas, independente de audiência, para conceder de imediato as medidas de urgência, que podem ser determinadas uma ou várias ao mesmo tempo, podendo ser acrescentadas ou substituídas para proteger a ofendida, seus familiares e patrimônio. 

 Quais são as medidas de urgência que o juiz pode determinar? 
O juiz pode determinar que o agressor não tenha mais posse de armas, que não frequente mais alguns lugares (como bar, boate), que não more mais com a ofendida, que não se aproxime e nem tenha contato com ela, que não visite mais seus filhos, que pague alimentos para eles, entre outras, com auxílio da força policial, se for necessário. O juiz também pode determinar a separação de corpos, que a ofendida volte a morar no local depois que o agressor sair, ou que ela não more mais no local, encaminhando-a para casa-abrigo ou programa de proteção, entre outras. 

Quais medidas de urgência o juiz pode determinar para proteger o patrimônio? 
O juiz pode determinar que o agressor devolva os bens que tirou da ofendida, que deposite um valor para perdas e danos materiais que a ofendida sofreu, que não possa comprar, vender algum bem, nem praticar atos em nome dela por um tempo, entre outras. 

 Disque denúncia: 180

ONGs de assistência e amparo à mulher:

SÃO PAULO 
Mais Marias
Fênix Ações Pela Vida

ACRE
Rede Acreana de Mulheres e Homens

RIO GRANDE DO NORTE
Centro Feminista 8 de Março

PERNAMBUCO
Coletivo Mulher Vida
Casa da Mulher do Nordeste

PARAÍBA
Cunhã Coletivo Feminista
Centro da Mulher 8 de Março

RIO DE JANEIRO
Centro de Defesa da Vida

AMAPÁ
Instituto de Mulheres Negras do Amapá

BAHIA
Centro Humanitário de Apoio a Mulher

BRASÍLIA
Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero
Cfemea – Centro Feminista de Estudos e Assessoria

GOIÁS
CEVAM – Centro de Valorização da Mulher Consuelo Nasser

SANTA CATARINA
Casa da Mulher Catarina

RIO GRANDE DO SUL
Coletivo Feminino Plural



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Como engravidar rápido? Confira 20 perguntas e respostas


Chega um período da vida que a mulher que, após se casar e estar habituada à vida a dois, começa a pensar em ter filhos. Além de sinal de amadurecimento e de afloramento do instinto materno, a vontade de ser mãe também chega para dar outro rumo à trajetória do casal, que passa a formar uma família dali para frente.

Felizmente, para a maioria das mulheres, engravidar costuma ser uma missão bem fácil de realizar. Basta apenas se livrar dos métodos contraceptivos e ser feliz com o seu amor entre quatro paredes.

Já para outras, a vontade de engravidar pode significar um problema, que pode estar ligado à doenças graves ou a uma simples mudança nos hormônios que impede o sonho da gravidez.

Afinal, é fácil ou difícil engravidar? Quais são as melhores maneiras de conseguir uma gravidez? Para tirar todas as suas dúvidas sobre como engravidar, nós separamos uma lista de perguntas das nossas leitoras e fomos atrás das respostas. Vamos conferir?

1 – É possível engravidar tomando anticoncepcional?

Sim. De acordo com médicos ginecologistas, toda mulher que faz uso de anticoncepcional e mantém relações sexuais regulares sem camisinha, pode sim correr o risco de engravidar. Mesmo tomando as pílulas de forma adequada e regularmente, esses métodos contraceptivos têm apenas eficácia de 98%. Ou seja, não se pode confiar totalmente nos anticoncepcionais.

2 – É possível ficar grávida depois dos 35 anos?

É sim. Uma mulher pode engravidar até antes da menopausa, que costuma chegar por volta dos 45 anos. No entanto, a gravidez depois dos 35 anos costuma ser de risco, já que há uma chance entre 600 nascimentos de o bebê nascer com Síndrome de Down. É claro que existe a possibilidade de uma gravidez saudável se a paciente for bem cuidada, mas as chances de malformações e doenças graves em bebês aumentam conforme avança a idade da mulher.

3 – Estou acima do peso. Posso engravidar?

Pode sim. No entanto, uma mulher acima do peso que queira engravidar precisa fazer alguns exames de saúde antes para saber como anda a pressão, colesterol e o índice de açúcar no sangue. Estes fatores são essenciais para uma gestação saudável e segura para mamãe e o bebê.
Esses exames poderão evitar doenças durante a gravidez, como diabetes gestacional, hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia ou bebês com macrossomia (grandes demais).
Vale lembrar que as chances de uma mulher com sobrepeso engravidar são menores também. Mas isso não significa que você seja infértil. Procure o seu médico para saber como anda o seu corpo e se informar melhor sobre uma futura gravidez.

4 – É possível engravidar sem o homem ejacular?

Sim. Antes de ejacular, o homem costuma liberar um líquido transparente que é produzido quando ele está excitado. Esse fluido, chamado de pré-ejaculatório, pode conter uma pequena quantidade de espermatozoides que podem sim fecundar o óvulo e provocar uma gravidez. Mesmo contendo apenas 10% de espermatozoides, o risco ainda é alto.

5 – É possível engravidar estando menstruada?

Apesar de ser um tema bem controverso entre ginecologistas, a resposta mais lógica é que não. A menstruação nada mais é do que a descamação do útero após a ovulação, ou seja, após a destruição do ovário não fecundado pelo espermatozoide. Portanto, não é possível engravidar durante o período menstrual.

6 – É fácil ou difícil engravidar?

Isso vai depender da idade da mulher. Segundo especialistas, a média de idade ideal para engravidar é dos 20 aos 30 anos. Antes disso, o corpo da mulher ainda não está totalmente formado, o que pode trazer alguns problemas durante a gestação.
Depois dos 30 anos, os riscos são os mesmos ou até mais graves. Quanto mais avançada for a idade da mulher, mais cai o nível de fertilidade. Portanto, depois dos 30 anos, fica mais difícil engravidar. Antes disso, as chances são muito maiores.

7 – Cigarro e álcool diminuem as chances de engravidar?

Sim. De acordo com ginecologistas, esses fatores podem mesmo interferir nas chances de engravidar, uma vez que o cigarro e o álcool são capazes de provocar uma queda na fertilidade feminina. Por isso, se você pretende engravidar, a dica é evitar o excesso desses dois elementos para conseguir uma gravidez de forma mais rápida e saudável.

8 – Estresse atrapalha quem quer engravidar?

Sim. Segundo os médicos, o estresse excessivo pode interferir na qualidade da ovulação, além de elevar um hormônio chamado prolactina, que é responsável por inibir os hormônios que coordenam os ovários, impedindo a ovulação.

9 – Com o passar do tempo, fica mais difícil engravidar?

Sim. Quanto mais avançada é a idade da mulher, mais difícil será conseguir uma gravidez. Isso porque a taxa de fertilidade feminina cai de forma visível com o passar dos anos, ainda de ocorrer uma piora da qualidade dos óvulos. Aos 30 anos, a taxa de fertilidade da mulher é de 15% a 20% por mês. Já aos 40 anos, por exemplo, essa taxa é de apenas 5%.

10 – Usar anticoncepcional por muito tempo deixa estéril?

Não. Esse é um mito muito temido pela maioria das mulheres. Na verdade, segundo especialistas, o uso das pílulas por um longo período pode proteger a fertilidade, muito ao contrário do que muitas pensam. Ao parar de tomar o anticoncepcional, o ciclo da mulher costuma voltar ao normal entre 20 a 60 dias (ou entre os segundo e terceiro ciclos). Ou seja, ela volta a ovular normalmente e, é claro, pode engravidar sem nenhum problema.

11 – Posso fazer o teste de gravidez um dia após a relação sexual?

Não. Especialistas recomendam que o teste de gravidez seja feito apenas em alguns dias de atraso da menstruação. Isso porque a mulher pode estar grávida, mas os níveis de Beta HCG sanguíneos só aparecem com 48 horas de atraso menstrual. Por isso, o prazo indicado é de sete dias de atraso da menstruação para fazer o teste.

12 – É mais provável engravidar no 14° dia do ciclo menstrual?

Parcialmente verdade. De acordo com ginecologistas, essa regra vale para quem tem ciclo de 28 dias. Na teoria, os 14 dias que antecedem a menstruação são o período mais provável da ovulação. Já o período fértil acontece 4 dias antes ou 4 dias depois da ovulação.

13 – Preciso ter relações sexuais todos os dias para engravidar?

Não. Os médicos não recomendam relações sexuais todos os dias, pois isso pode fazer com que os espermatozoides do homem não estejam viáveis. A dica é tentar engravidar dentro do seu período fértil, que é o mais propício para você conseguir o seu objetivo.

14 – Já tive um filho. Será mais fácil de engravidar a segunda vez?

Isso vai depender da idade da mulher. Quanto mais avançada for a idade dela, menores serão as chances de engravidar, mesmo que seja de segunda viagem. Ter um filho pela primeira vez não significa que ela conseguirá engravidar facilmente. Isso porque o organismo muda com o passar dos anos, o que pode dificultar a gravidez.

15 – Quem tem endometriose não pode engravidar?

Isso é um mito. Mulheres com esse problema podem sim engravidar, de forma natural ou com ajuda de reprodução assistida. Até porque alguns casos de infertilidade podem ser tratados com medicamentos ou procedimentos cirúrgicos.

16 – Menstruação irregular impede a gravidez?

É parcialmente verdade. A menstruação irregular nem sempre significa um problema. No entanto, ela pode sim ter relação com algum problema de ovulação e que, portanto, atrapalharia a engravidar. Por isso, é preciso procurar um médico para avaliar se existe algo fora do normal.

17 – Tentativas frustradas para tentar engravidar significam um problema?

Não mesmo. O tempo médio indicado pelos médicos para que uma mulher engravide é de seis meses a um ano. Durante esse tempo, não significa que haja algo anormal com o seu corpo. Portanto, fique tranquila e, enquanto isso, aproveite os chamegos e momento a dois com o seu amor.

18 – Todo tratamento para engravidar resulta em gêmeos?

Nem sempre, mas tem grandes chances de acontecer. Isso porque, com os estímulos dos medicamentos ou procedimentos, a mulher produz mais óvulos e, na fertilização in vitro, mais de um embrião é colocado no útero para reduzir a chance de um não dar certo.

19 – É possível engravidar na primeira relação sexual?

Sim. Apesar de ser menos comum, a gravidez neste caso não é considerada impossível. Se a mulher estiver no seu período fértil, pode engravidar como qualquer outra mulher que tenha vida sexual ativa.

20 – Quem tem miomas pode engravidar?

Pode sim. Alguns tipos de miomas, como os submucosos e os intramurais, não causam infertilidade, pois não estão dentro do útero. No entanto, mesmo aqueles que estão dentro do útero e acarretam esse risco podem ser removidos através de procedimento cirúrgico. Depois da remoção, a mulher já pode engravidar a partir do mês seguinte.
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Até a próxima!

4 fatos que você precisa saber sobre o muco cervical

Entenda a importância do muco cervical, secreção produzida naturalmente pelo organismo da mulher

Em determinado momento do ciclo menstrual, as mulheres se deparam com um líquido transparente que vai mudando de espessura com o passar dos dias. É o chamado muco cervical, secreção produzida naturalmente pelo colo do útero por influência dos hormônios.
“A secreção é fisiológica, toda mulher a produz, e ela é necessária para proteção e não deve ser confundida com corrimento”, ressalta José Carlos Torres, ginecologista do Hospital Moriah, em São Paulo.

Qual a função do muco cervical?

Embora não seja percebido por algumas mulheres, o muco cervical é produzido constantemente, e em maior quantidade durante o período fértil. Em cada fase do ciclo menstrual, apresenta características e funções distintas.
“No começo do ciclo o muco fica mais grosso. Essa textura impede que as bactérias cheguem ao interior do útero, que no momento está fechado. Esse muco mais espesso também é uma barreira para os espermatozoides, que só conseguem chegar ao útero quando a mulher está no período fértil. Quando o muco cervical está mais fino e elástico (parecido com a clara de ovo) é o momento que o útero está aberto e no período fértil”, explica Élvio Floresti Junior, ginecologista e obstetra, de São Paulo. 
É importante ressaltar que o muco cervical é transparente, não apresenta odor nem vem acompanhado de coceira. Entretanto a secreção, em determinados casos, pode tornar-se constantemente mais espessa e ter cheiro. Isso pode ser consequência da falta ou ausência de ingestão de frutas, vitaminas e líquidos, ou até consequência de doenças sexualmente transmissíveis.
“Em algumas circunstâncias, a mulher pode ter o chamado muco hostil que significa que ele é muito espesso e muito ácido para permitir a penetração do espermatozoide”, esclarece Torres.
Para entender de vez a importância do muco cervical, separamos quatro fatos que você precisa sobre a secreção:

1. Aumenta a lubrificação da vagina

No período ovulatório, o muco cervical aumenta de quantidade e fica mais viscoso. Além de facilitar a penetração do espermatozoide no útero, ele melhora a lubrificação vaginal.
“Mas essa não é a sua principal função. Existem glândulas específicas para a produção de secreções lubrificantes. Além da própria mucosa vaginal, que tem importante papel na lubrificação da vagina. Então, o muco aumenta a lubrificação da vagina juntamente com as secreções produzidas por glândulas de lubrificação”, esclarece Patrícia De Luca, ginecologista do Fleury Medicina e Saúde, em São Paulo.

2. É uma barreira contra infecções

Principalmente fora do período fértil, quando o muco cervical fica mais espesso e grosso, ele funciona como uma barreira natural do útero. Ele evita a penetração tanto dos espermatozoides como de bactérias no interior uterino.
“Por isso, as ocorrências de infecções pélvicas são mais frequentes no período ovulatório e durante a menstruação, quando o canal cervical fica mais entreaberto e facilita a penetração de agentes externos”, afirma o ginecologista.

3. Indica o momento que a mulher está ovulando

O líquido cervical torna-se menos viscoso a medida que a ovulação se aproxima (em geral alguns dias antes). Dessa maneira é possível identificar o período fértil apenas observando o mudo cervical.
“A secreção se torna mais transparente, viscosa e elástica, muito parecida com a clara de ovo. O fato dela ser mais clara e mais escorregadia ajuda os espermatozoides a transitarem pelo útero até encontrarem o óvulo”, diz Torres. 

4. Não é corrimento

Algumas mulheres confundem o muco cervical com corrimento. Principalmente após o período menstrual, quando esse muco ainda está um pouco espesso e, às vezes, associado a resquícios de sangue menstrual ou durante a ovulação, quando há maior da quantidade da secreção.
Porém, diferente do muco cervical, o corrimento é um sinal de desequilíbrio da flora vaginal e apresenta características como odor forte, cor peculiar e pode vir acompanhado de prurido e ardor.

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Muco ou Corrimento?? Como diferenciar

Corrimento, secreção vaginal e muco que indica período fértil: como diferenciar

Mesmo saudáveis, mulheres em idade fértil dificilmente terão a calcinha sempre seca. Há quem chame qualquer líquido secretado pela vagina de corrimento. No entanto, o nome de corrimento vaginal só é dado para quando há uma alteração em suas características.

Muco cervical: a secreção que indica fertilidade

Próximo à metade do ciclo, a partir de 10 dias após a menstruação, o corpo dá alguns sinais de que está fértil. Nesse período pode acontecer a liberação do muco cervical.
"O que chamamos de muco é a secreção que coincide com o período ovulatório, semelhante a uma clara de ovo, bem transparente", explica Rívia Mara Lamaita, integrante da Sogimig - Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais. Ele serve para facilitar com que os espermatozoides subam até o útero.
Algumas mulheres usam como uma forma de saber se está o período fértil, mas a ginecologista esclarece que o muco cervical não está presente em todos os ciclos.
As mulheres que usam anticoncepcionais não têm ovulação, então não apresentam o muco cervical.

📢Corrimento: sinais de alerta

O corrimento acontece quando esse líquido aumenta de volume, o cheiro e a cor mudam e aparecem os outros sintomas como coceira vaginal, ardência e até dor na penetração.
Os sinais de corrimento são:
  • O aumento do volume do conteúdo vaginal
  • Aspecto úmido na roupa íntima todos os dias, às vezes passando para as roupas externas
  • Quando a cor passar de branco opalescente e cristalino (de acordo com a fase do ciclo) para amarelo tipo pus, amarelo-acinzentado, amarelo-esverdeado, branco-amarelado e etc
  • Quando houver mau cheiro principalmente após relação sexual e no final do ciclo menstrual.
Os sintomas são principalmente:
  • Coceira na vagina e na vulva
  • Ardor
  • Dor pélvica
  • Dor e ardor ao urinar
  • Dor durante a relação sexual.
Se o corrimento aparecer, é hora de consultar um ginecologista. Ele pode ser, na verdade, uma outra doença ou desequilíbrio do organismo.
A cor do corrimento pode dar indícios de qual é o problema:

➡ Corrimento marrom ou cor de sangue escuro

Pode indicar ciclos menstruais irregulares, ou com menos frequência, câncer cervical ou do endométrio. Pode vir acompanhado de dores abdominais e sangramentos.

➡ Corrimento amarelo semelhante a pus

Pode indicar gonorreia, e vir acompanhado de sangramento entre os períodos; dor e sangramento ao urinar, com curta duração podendo por isto passar despercebido.

➡ Corrimento amarelo-esverdeado ou acinzentado, bolhoso, fluido e com mau cheiro

Pode indicar tricomoníase, principalmente se houver dor e desconforto em baixo ventre durante a relação sexual e coceira vaginal intensa.

➡ Corrimento cor de rosa

Eliminação do revestimento interno do útero após o parto, também chamado de lóquios.

➡ Corrimento espesso e branco esverdeado, com grumos

Se o corrimento for semelhante a leite talhado indica infecção vaginal por fungo (cândida), que pode vir acompanhado de inchaço, sensibilidade vulvovaginal intensa, irritação e ardor ao redor da vulva, coceira intensa e relações sexuais dolorosas e dor ao urinar. Costuma melhorar durante as menstruações.

➡ Corrimento amarelo-acinzentado fluido, com odor de peixe podre

Se esse corrimento ocorrer após as relações sexuais e ou menstruações indica vaginose bacteriana, que vem acompanhada de coceira ou ardência, vermelhidão e inchaço da vagina e vulva.

Buscando ajuda médica

Procure ajuda médica se perceber que seu conteúdo vaginal está diferente do normal. Qualquer alteração na cor, consistência ou odor que persistir deve ser investigada.

📢Vá ao ginecologista imediatamente se:

  • Sentir dor abdominal e febre superior a 38 graus, juntamente com um corrimento vaginal
  • Estiver grávida e apresentar corrimento vaginal incomum

📢Marque uma consulta se:


  • Estiver com coceira vaginal incomum
  • Sentir dor durante a relação sexual ou micção
  • Continuar a ter sintomas de corrimento após tratamento
Na consulta médica
  • Você provavelmente consultará um(a) ginecologista para investigar seu corrimento vaginal anormal. Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo, para que você consiga fazer outras perguntas ao médico. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações anotadas:
    • Quando começou a perceber anormalidades no corrimento vaginal e quais foram essas (odor, volume, cor, espessura) e demais sintomas (dor, ardor, etc.)
    • A data da sua última menstruação
    • Quando foi a sua última relação sexual
    Se essa é a primeira vez que você apresenta corrimento vaginal, o médico irá avaliar o conteúdo da sua vagina. Evite o uso de tampões, duchas ou coletor menstrual antes da consulta, para que o(a) ginecologista consiga avaliar o corrimento vaginal.

Chá de unha de gato e uxi amarelo

As propriedades medicinais dessas plantas estão mais concentradas nas cascas



Dois super aliados da natureza ao bem-estar e saúde da mulher são uxi amarelo e unha de gato! Poucas pessoas sabem que esses dois componentes vindos da natureza podem dar uma ajuda e tanto quando o assunto é mioma ou alguma inflamação dos ovários e útero. Mas para que serve e como age no organismo essas duas fontes naturais?

Unha de Gato e Uxi Amarelo Para que Serve

O tratamento com uxi amarelo e unha de gato normalmente é indicado para mulheres que tem algum tipo de problema uterino, e o principal indicativo para ingestão dos chás são os casos de miomas. Mas nem só miomas, o uxi amarelo e unha de gato podem tratar, algumas doenças como ovários policísticos, inflamação uterina, endometriose, menstruação irregular e até problemas nos ossos são tratáveis.

Como Chás de Uxi Amarelo e Unha de Gato Agem na Fertilidade?

Uxi Amarelo

O uxi amarelo nada mais é do que a casca de uma árvore que pode chegar a 30 metros de altura. 
O chá deve ser feito por infusão das suas cascas, vendidas em lojas de produtos naturais, em água, ferver por 3 minutos e abafado em seguida
O chá de uxi amarelo trata principalmente miomas e cistos ovarianos ou uterinos. Para ter eficiência com tratamentos dessa finalidade o ideal seria a ingestão de 500ml de chá por dia (meio litro), sendo 250ml de manhã e 250ml a noite. Alguns especialistas na casca de uxi amarelo vão mais além, indicam até meio litro de manhã e meio litro a noite dependendo do problema da usuária do chá.

Unha de gato

Planta vinda da Amazônia, a unha de gato é um excelente anti-inflamatório e também antibiótico natural. Doenças não só do útero mas também do corpo como um todo podem ser ajudadas com o chá de unha de gato. Desde infecções comuns até gripe e inflamações como artrose podem ser amenizadas com o uso da planta.

Uxi Amarelo e Unha de Gato – Como Tomar para engravidar

Para quem quer engravidar, a unha de gato é uma ajuda e, principalmente, em tantos caso em que haja algum problema com inflamação uterina. Recomenda-se usar também 500ml de chá de unha de gato diariamente (meio litro), desta vez, 250ml na hora do almoço e 250ml a tarde podem ser suficientes para um tratamento.
O uso dessas duas substâncias da natureza em conjunto pode fortalecer, e muito, o organismo para a chegada de uma gravidez, além de claro, limpar o organismo para que a gravidez em si aconteça. Para quem tem miomas, nada melhor do que um útero limpo porque isso facilitará chegada da gravidez.
 Para um tratamento eficaz, uma semana com os chás pode trazer o efeito desejável. O chá deve ser tomado assim que a menstruação aparecer até o primeiro dia fértil. Mulheres que estiverem fazendo tratamento com anticoncepcional podem tomar continuamente. Uma colher de sopa para cada meio litro de chá é o suficiente. Pode-se ou não adoçar o chá para ingestão, porém quanto mais natural melhor.e fortalecer, e muito, o organismo para a chegada de uma gravidez, além de claro, limpar o organismo para que a gravidez em si aconteça. Para quem tem miomas, nada melhor do que um útero limpo porque isso facilitará chegada da gravidez.

Cápsulas de Uxi Amarelo e Unha de Gato, Resolvem?

Há controvérsias! Alguns naturalistas dizem que o melhor mesmo é o chá, feito diariamente, teria um poder curativo excelente. Porém, se a cápsula for a sua única opção, ou se você não for adepta de chás, então as cápsulas de uxi amarelo e unha de gato são viáveis. Lembrando que toda cápsula é passada por processos laboratoriais, perde o efeito mais natural do tratamento e pode ter um resultado mais demorado.
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VEJA MAIS: 

Como a anatomia do útero interfere na fertilidade?



O útero é um dos órgãos principais do sistema reprodutor feminino e suas condições anatômicas e hormonais são essenciais para que uma mulher possa engravidar, seja de maneira natural ou por meio de um tratamento de reprodução humana, como a FIV, por exemplo.
Em média, o útero mede 7,5 cm por 5 cm e possui uma espessura de 2,5 cm. Sua cavidade é vazia e sua estrutura é formada por três camadas de tecido muscular, sendo a serosa a mais externa (formada por tecido conjuntivo), o miométrio a intermediária e o endométrio a mais interna, onde ocorre a implantação do embrião.
Contudo, existem mulheres que apresentam formatos diferentes de útero. Entenda quais são eles.

Quais os tipos de alterações anatômicas do útero?

Estima-se que entre 0,1 e 3,2% das mulheres apresentam malformações anatômicas do útero. Elas podem ser diagnosticadas por meio de exames solicitados por especialista, como a histerossalpingografia, uma análise que utiliza contraste para avaliar as condições do aparelho reprodutor feminino. Os tipos de anomalias anatômicas do útero são:






Como essas anomalias podem interferir na fertilidade feminina?

De acordo com médicos especializados em reprodução humana, é possível dizer que as anomalias anatômicas não impedem uma gestação. Contudo, podem simbolizar um agravante à fertilidade da mulher ou dificultar a permanência do bebê no órgão durante a gestação.
O útero septado, por exemplo, pode representar um alto risco de perda gestacional, devido à presença do tecido fibroso (septo), que pode estender-se até o colo do útero da mulher e, em alguns casos, até a vagina. Já um útero unicorno, devido apresentar apenas uma tuba uterina, pode representar baixos níveis de fertilidade feminina. Apesar de não significar que é impossível conceber a gestação nessas condições.
Os demais tipos de malformações uterinas estão mais associados a complicações que podem ocorrer durante a gestação do que ao baixo índice de fertilidade. O útero bicorno, por exemplo, devido apresentar uma fenda na cavidade uterina, pode comprometer a capacidade de distensão uterina durante a gestação.
Para os casos em que a mulher apresenta anomalia anatômica no útero e dificuldade em engravidar, é possível realizar tratamentos de reprodução assistida e cirurgias por meio de histeroscopias.