domingo, 10 de maio de 2020

Dia das mães de Tentante


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O dia das Mães para àquelas que ainda não tem esse sonho realizado, pode ser uma data na qual nos traga algum tipo de dor ou sofrimento, angústia pela espera, mas eu prefiro pensar de outra maneira.

Pensar com ESPERANÇA…🙏🏼

Mesmo que essa palavra possa nos soar de forma “rasa” (principalmente para quem já fez de TUDO) eu sempre insisto que sempre deve haver uma saída.

Nesse tempo de espera, o melhor a fazer é trabalhar e cuidar de SÍ MESMO.

Várias vezes nós recebemos uma enxurrada de noticias negativas, amigas e pessoas desacreditas, pensamentos desesperançosos, e tudo isso reflete na maneira como nós enxergamos o mundo e nossa atual situação, o que consequentemente se torna a nossa realidade.

Às vezes os sonhos que temos exigem muito esforço de nós e, depois de muitas tentativas, acabamos desanimando por achar que é um sonho impossível.

Mas o segredo para a felicidade está no esforço que fazemos para conseguir algo durante todo o caminho que percorremos para alcançar nossos objetivos, aprendemos coisas novas que fazem toda a diferença após alcançá-lo.

Espere pelo melhor, e ACREDITE que tudo vai dar certo.

Acredite, os desafios existem para nos colocar a prova, mas se os superarmos, conseguiremos chegar onde realmente sonhamos.

Nunca permita que ninguém menospreze os seus sonhos.

💙💜
Eu desejo muito que no ano que vem, você esteja comemorando o seu tão sonhado, dia das Mães.
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segunda-feira, 4 de maio de 2020

Ciclo menstrual - Você conhece seu ciclo?


A menstruação é a descamação da mucosa do útero (endométrio) acompanhada por sangramento. Ela ocorre, aproximadamente, em ciclos mensais ao longo da vida reprodutiva da mulher, exceto durante a gravidez. A menstruação começa durante a puberdade (na menarca) e para permanentemente na menopausa.
Por definição, o ciclo menstrual começa com o primeiro dia de sangramento, que é contado como 1º dia. O ciclo termina pouco antes da próxima menstruação. Os ciclos menstruais normalmente variam entre 25 e 36 dias. Apenas 10% a 15% das mulheres têm ciclos de exatamente 28 dias. Além disso, em pelo menos 20% das mulheres, os ciclos são irregulares. Isto é, eles são mais longos ou mais curtos do que a média. Geralmente, os ciclos variam mais e os intervalos entre as menstruações são mais longos nos anos imediatamente após o início da menstruação (menarca) e antes da menopausa.
O sangramento menstrual dura de três a sete dias, com uma média de cinco dias. Geralmente, a perda de sangue durante um ciclo varia entre 15 e 75 ml. Um absorvente higiênico ou um absorvente interno, dependendo do tipo, pode conter até 30 mililitros de sangue. O sangue menstrual, ao contrário do sangue resultante de um ferimento, geralmente não coagula, a menos que o sangramento seja muito intenso.
O ciclo menstrual é regulado pelos hormônios. O hormônio luteinizante e o hormônio folículo-estimulante, que são produzidos pela hipófise, promovem a ovulação e estimulam os ovários a produzir estrogênio e progesterona. O estrogênio e a progesterona estimulam o útero e as mamas a se prepararem para uma possível fecundação.

O ciclo menstrual tem três fases:




Fase folicular


A fase folicular tem início no primeiro dia do sangramento menstrual (1º dia). Porém, o principal evento nessa fase é o desenvolvimento de folículos nos ovários.
No início da fase folicular, o revestimento do útero (endométrio) está espesso com líquidos e nutrientes destinados a nutrir um embrião. As concentrações de estrogênio e de progesterona serão baixas caso nenhum óvulo seja fecundado. Assim, as camadas superiores do endométrio são derramadas e ocorre o sangramento menstrual.
Nesse período, a hipófise aumenta levemente sua produção de hormônio folículo-estimulante. Então, esse hormônio estimula o crescimento de três a 30 folículos. Cada folículo contém um óvulo. Posteriormente nessa fase, conforme a concentração desse hormônio diminui, somente um desses folículos (denominado folículo dominante) continua a crescer. Logo começa a produzir estrogênio e os outros folículos estimulados começam a se romper. A concentração de estrogênio que está aumentando também começa a preparar o útero e estimula o surto de hormônio luteinizante.
Em média, a fase folicular dura aproximadamente 13 ou 14 dias. Das três fases, essa fase é a que mais varia em duração. Ela tende a se tornar mais curta perto da menopausa. Essa fase termina quando a concentração do hormônio luteinizante aumenta dramaticamente (ocorre um surto). O surto causa a liberação do óvulo (ovulação) e marca o início da próxima fase.





Fase ovulatória


A fase ovulatória tem início quando ocorre um surto de hormônio luteinizante. O hormônio luteinizante estimula o folículo dominante a se sobressair da superfície do ovário e, finalmente, romper-se, liberando o óvulo. O grau de aumento na concentração de hormônio folículo-estimulante é menor. A função do aumento do hormônio folículo-estimulante não é compreendida.
A fase ovulatória geralmente dura de 16 a 32 horas. Ela termina quando o óvulo é liberado, cerca de 10 a 12 horas após ocorrer o surto de hormônio luteinizante. O óvulo pode ser fecundado por cerca de até 12 horas após sua liberação.
O surto de hormônio luteinizante pode ser detectado por meio da medição da concentração desse hormônio na urina. Essa medição pode ser utilizada para determinar quando as mulheres estão férteis. Há uma chance maior de ocorrer a fecundação quando espermatozoides estiverem presentes no trato reprodutor antes da liberação do óvulo. A maioria dos casos de gravidez acontece quando a relação sexual ocorro no prazo de três dias antes da ovulação.
No momento da ovulação, algumas mulheres sentem uma dor surda em um lado do abdômen inferior. Essa dor é conhecida como mittelschmerz (literalmente, dor no meio). A dor pode durar de poucos minutos a algumas horas. A dor normalmente é sentida no mesmo lado do ovário que liberou o óvulo, mas a causa precisa da dor é desconhecida. A dor pode ocorrer antes ou depois a ruptura do folículo e talvez não ocorra em todos os ciclos.
A liberação do óvulo não é alternada entre os dois ovários e parece ser aleatória. Se um dos ovários for removido, o ovário remanescente liberará um óvulo todo mês.



Fase lútea


A fase lútea tem início após a ovulação. Ela dura aproximadamente 14 dias (a menos que ocorra fecundação) e termina pouco antes da menstruação.
Nesta fase, o folículo rompido se fecha após a liberação do óvulo e forma uma estrutura chamada de corpo lúteo, que produz quantidades cada vez maiores de progesterona. A progesterona produzida pelo corpo lúteo tem as seguintes funções:
  • Prepara o útero no caso de um embrião ser implantado
  • Causa o espessamento do endométrio, fazendo com que ele fique cheio de líquidos e nutrientes para nutrir um possível embrião
  • Causa o espessamento do muco no colo do útero, para diminuir a chance de espermatozoides ou bactérias penetrarem no útero
  • Causa um ligeiro aumento na temperatura corporal durante a fase lútea, que permanece elevada até o início da menstruação (esse aumento de temperatura pode ser usado para avaliar se ocorreu ou não ovulação)
Durante a maior parte da fase lútea, a concentração de estrogênio é alta. O estrogênio também estimula o espessamento do endométrio.
O aumento nas concentrações de estrogênio e progesterona causa o alargamento (dilatação) dos dutos de leite nos seios. Assim, os seios podem ficar inchados e mais sensíveis.
Se o óvulo não for fecundado ou se o óvulo fecundado não se implantar, o corpo lúteo se degenera após 14 dias, a concentração de estrogênio e progesterona diminui e um novo ciclo menstrual se inicia.
Se o embrião for implantado, as células ao redor do embrião em desenvolvimento começam a produzir um hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana. Esse hormônio mantém o corpo lúteo, que continua a produzir progesterona até que o feto em crescimento possa produzir seus próprios hormônios. Os exames de gravidez são baseados na detecção de um aumento na concentração de gonadotrofina coriônica humana.

domingo, 19 de abril de 2020

Manual do período fértil: guia completo para quem quer engravidar

Com a ajuda de especialistas, reunimos informações para, por meio de métodos naturais, você descobrir a época ideal para engravidar!

Pode até parecer uma coisa simples e intuitiva, mas descobrir o tal do período fértil ainda é um desafio para muitas mulheres (e homens mais participativos). Tanto para as que querem engravidar quanto para as que não pensam em ter um rebento, saber mais sobre o próprio corpo pode significar autonomia e segurança — especialmente para as que fazem parte do primeiro grupo. De acordo com ginecologistas ouvidos pela Revista, há vários métodos, além dos exames tradicionais, para interpretar o que o corpo diz e se entender melhor. Preparamos um pequeno guia para você que deseja aprender a interpretar os sinais do seu corpo. Para isso, escutamos especialistas, que responderam algumas dúvidas comuns sobre um tema também ordinário, porém, complexo.

Período fértil

O primeiro passo para descobrir quando acontece o período fértil é saber exatamente o que o termo significa. Luciano de Melo, ginecologista associado da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), explica que esse é o momento em que a mulher está mais propensa a engravidar, uma vez que ocorre o que os médicos chamam de ovulação — quando o ovário libera um ou mais óvulos para serem fecundados. No ciclo, que começa no primeiro dia da menstruação e vai até o primeiro dia da seguinte, o período fértil ocorre na metade do processo. “Geralmente, 14 dias depois do primeiro dia da menstruação, isso em mulheres com ciclos regulares de 28 dias”, detalha.

Na ovulação, o óvulo desce pelas trompas de falópio e fica disponível para os espermatozoides. Claro que é preciso levar em conta que o organismo não é uma máquina precisamente ajustada: do mesmo modo que nem todas as mulheres apresentam um ciclo menstrual regular, ou seja, com a mesma duração todos os meses, o período fértil pode não acontecer apenas em um dia. Por isso, dependendo da intenção da mulher, é preciso prestar atenção. Se o desejo é de não engravidar, vale lembrar que, ainda que a relação sexual tenha acontecido um ou dois dias antes do período fértil, o espermatozoide ainda terá fôlego para cumprir sua missão. “Ao contrário do que muitos acreditam, os espermatozoides podem sobreviver até 72 horas (depois da relação sexual), e não 48h”, alerta Luciano de Melo.

Ciclos personalizados

Para mulheres com ciclos menstruais desregulados, calcular o período fértil é, literalmente, um desafio. Como não há um intervalo definido entre uma menstruação e outra, é preciso fazer um controle mais trabalhoso e com chances reduzidas de acerto. Luciano de Melo, ginecologista da Febrasgo, explica que o ciclo tem duas fases principais: na primeira, há o crescimento de um folículo, ou a ovulação desse folículo que cresceu. Nesse momento, os hormônios estrogênio e progesterona estão em níveis baixos. A parede do endométrio está fina, o útero está começando a menstruar e o ovário, em repouso. A hipófise (glândula do sistema nervoso central) passa a produzir o hormônio folículo estimulante (FSH), responsável por estimular os folículos do ovário. Os folículos crescem cerca de 2mm por dia, até atingirem de 20mm a 26mm. Só então o folículo dominante libera o óvulo.

O estrogênio faz com que a parede do útero torne-se mais espessa, já se preparando para uma possível gestação. A segunda fase, chamada lútea, acontece quando o corpo atinge o máximo de estrogênio, um dia antes da ovulação. Quando isso ocorre, a hipófise libera outro hormônio, chamado luteinizante (LH) — e o ciclo está na metade. “Essa fase é fixa em todas as mulheres, mas vai depender da quantidade de dias de cada ciclo”, explica o ginecologista. “O que vai variar é a primeira fase. Há mulheres que têm a primeira fase muito curta e ovulam no décimo dia. Somando os 14 dias da segunda fase, elas vão menstruar a cada 24 dias, por exemplo. Nesse caso, o período fértil dela é no décimo dia.”

Não ter um ciclo menstrual de 28 dias não quer dizer que há algo errado com seu corpo. Cada organismo funciona de uma maneira, segundo Luciano de Melo. O médico diz que é comum existirem ciclos que vão até 35 dias. Adolescentes na menarca (primeira menstruação) podem ter esse prazo esticado para até 45 dias, por conta de um sistema reprodutor ainda não totalmente amadurecido. Mulheres que estão prestes a entrar na menopausa também experimentam esse prolongamento, já que os ovários já começam a apresentar sinais de falência.


Por: Luciano de Melo, ginecologista associado da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

domingo, 1 de março de 2020

Assim é a gestação semana a semana!!


Março Amarelo - Mês Mundial de Conscientização da Endometriose


Vamos falar sobre mais uma importante campanha da área da saúde, o Março Amarelo, com a conscientização sobre a endometriose, uma inflamação aguda no sistema reprodutor feminino.

O que acontece é o seguinte: o endométrio é o tecido que reveste o útero preparando-o para o embrião. Geralmente, quando a fecundação não ocorre, placas de tecido endometrial são eliminadas na menstruação. Pode acontecer de essas placas se instalarem fora do útero e migrarem, através da corrente sanguínea, para outros órgãos como ovários, intestino, bexiga e vagina, caracterizando a endometriose.

Causas:
A doença afeta milhões de brasileiras em idade reprodutiva e as causas ainda não foram totalmente esclarecidas pela medicina, mas podem envolver estresse, ansiedade, fatores genéticos, alterações imunológicas, endometriais e até ambientais. O risco pode ser maior entre mulheres que tiveram o primeiro filho após os 30 anos de idade.

Sintomas:
A endometriose pode causar dor na região pélvica, dor durante a relação sexual, dificuldade para engravidar e, em alguns casos, infertilidade. Mulheres com endometriose grave, muitas vezes, são assintomáticas, enquanto outras no estágio inicial da doença, sentem dor que pode se tornar incapacitante. Geralmente, a dor associada à endometriose no período menstrual só aparece alguns anos após o aparecimento da doença. Também podem ocorrer disfunções intestinais durante a menstruação como, por exemplo, diarreia ou dor ao evacuar.

Diagnóstico:
O médico pode suspeitar de endometriose quando a mulher apresentar os sintomas típicos da doença. Muitas vezes, a doença não é percebida no exame físico, porém a mulher pode sentir dor durante o exame.
Em alguns casos, o médico é capaz de perceber massa de tecido atrás do útero ou próximo dos ovários, através do exame de toque. No entanto, ele só poderá confirmar o diagnóstico se tiver certeza que as placas observadas são de tecido endometrial, com a realização de exames mais específicos para diagnosticar a doença.
Existem exames capazes de diagnosticar se a endometriose está afetando a fertilidade da mulher.

Tratamento:
Na maioria dos casos, o tratamento recomendado é medicamentoso, para promover a melhora dos sintomas e impedir o avanço da doença. A cirurgia para retirada das placas é recomendada em alguns casos.

Prevenção:
A prevenção se faz com hábitos saudáveis: alimentação equilibrada, atividade física e consultas regulares ao ginecologista.

Cuide-se e compartilhe informação. Quanto antes a doença for diagnosticada, melhores são os resultados do tratamento.


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Veja também:

Bem vindo Março !



domingo, 23 de fevereiro de 2020

Vamos falar sobre violência contra a mulher?


Você sabe por que a lei é chamada assim? Porque em 1983, a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes ficou paraplégica em razão do tiro nas costas que tomou enquanto dormia e do choque elétrico enquanto tomava banho do seu próprio marido, que só foi preso em 2002, devido à lentidão do processo. Em 2001, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos emitiu um relatório recomendando o Brasil a reagir à violência doméstica, mas essa Lei só foi editada em 2006, que adveio de estatísticas.

Em 7 de agosto de 2006 foi criada a Lei 11.340, mais conhecida como a Lei Maria da Penha. Esta Lei foi um grande avanço na proteção dos direitos das mulheres contra a violência doméstica e familiar. A cada ano, mais de um milhão de mulheres são vítimas de violência doméstica no País, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse tipo de violência, apesar de sistêmica, tem sido combatida com a defesa do direito das mulheres. 
Aqui serão apresentados os tipos de violência abarcados pela lei e os procedimentos jurídicos indicados para cada caso.

Lei 11.340/2006 – Lei Maria da Penha


Qual é objetivo desta lei?
A Lei Maria da Penha cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião.



O que é violência doméstica e familiar? 
É qualquer ação ou omissão que cause à mulher morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial que seja realizada: 
  1.  em ambiente doméstico; 
  2.  em ambiente familiar, que é a comunidade formada pelas pessoas que são ou se consideram parentes, unidas por laços naturais, por afinidade ou por simples vontade própria; 
  3.  em qualquer relação íntima de afeto, no qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida. 

Quais são as formas de violência doméstica e familiar? 
A Lei apresenta os seguintes exemplos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Por se tratarem de exemplos, considera-se que qualquer outro tipo de violência pode vir a ser enquadrado como tal nos termos da Lei. 

 O que é considerado violência física? 
Violência física é qualquer conduta que lesione ou ofenda o corpo da mulher. 

 O que é considerado violência psicológica? 
Violência psicológica é qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da auto-estima da mulher. O ofensor não pode realizar qualquer ato que tenha por objetivo mudar ou controlar as ações da mulher, ou seus comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do seu direito de ir e vir. 

O que é considerado violência sexual? 
Violência sexual é qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça ou uso da força. Impedir que a mulher use qualquer método contraceptivo ou que a force ao casamento, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante chantagem ou manipulação, também é uma forma de violência. O ofensor não pode, por qualquer meio, limitar ou anular o exercício das escolhas sexuais da mulher. 

O que é considerado violência patrimonial? 
Violência patrimonial é qualquer conduta em que o agressor retenha, pegue para ele, destrua ou suma com os objetos da mulher, ou seus instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens ou dinheiro. 

O que é considerado violência moral? 
Violência moral é qualquer conduta que configure calúnia ou difamação contra a mulher. 

 Como deve ser o atendimento policial em caso de violência? 
No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências: 
  1. garantir proteção policial, quando necessário; 
  2.  encaminhar de imediato a ofendida ao hospital e ao Instituto Médico Legal para realização de exames e tratamento; 
  3. fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida; 
  4.  se necessário, acompanhar a ofendida até em casa para assegurar a retirada de seus pertences do local.

Qual é o órgão criado pela Lei? 
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher (JVD) é o órgão especializado para tratar de todos os assuntos desde os crimes, até o divórcio, alimentos, etc., que possui equipe multidisciplinar de atendimento por psicólogo, médico e advogado. 

Esse Juizado é o mesmo do que o Juizado Especial Criminal? 
Não, pois o JECRIM só trata de infração de menor potencial ofensivo (pena máxima de até 2 anos) regulados pela Lei 9.099/1985, que nunca pode ser aplicada na violência doméstica, já que não é considerada de menor potencial ofensivo em nenhuma hipótese, mesmo que o crime cometido na violência doméstica tenha pena reduzida. 

O agressor pode receber pena de cesta básica ou multa? 
Não, exatamente por não ser considerada infração de menor potencial ofensivo, a Lei foi firme em proibir esse tipo de pena para evitar a “compra” do direito de agredir por agressores que tem condições econômicas. Assim se ele agredir, não poderá apenas pagar financeiramente por isso, terá que sofrer pena. 

Qual JVD a ofendida deve procurar? 
A mulher pode escolher o Juizado do seu domicílio, do domicílio do agressor ou do lugar em que ocorreu a violência. 

 Se não tiver JVD na cidade, onde irá “correr” o processo? 
O processo vai tramitar na Vara Criminal da cidade, ou seja, o juiz criminal vai “cuidar” de todos os assuntos, desde os crimes até o divórcio, alimentos, separação de corpos, etc. no mesmo processo, portanto, não há separação de processos para as diferentes matérias. Na Vara Criminal, há preferência dos processos que tratam da violência doméstica, ou seja, são julgados primeiro do que os outros processos que tratam de outros crimes. 

Precisa de advogado para “processar” o agressor? 
Sim, em todos os atos é necessário advogado, exceto quando a ofendida pede as medidas protetivas de urgência para o juiz. 

 Precisa pagar o advogado? 
Não, todas as mulheres vítimas de violência doméstica tem direito a assistência jurídica gratuita pela Defensoria Pública ou outro serviço perante o delegado e também perante o juiz, mesmo que possuam condição financeira, com atendimento específico e humanizado, pois são consideradas grupo social vulnerável. 

Como procurar a assistência jurídica gratuita? 
Normalmente a Defensoria já está localizada no próprio JVD, ou se não houver o Juizado na cidade, é preciso buscar a própria Defensoria local, que se também não houver, é preciso procurar a OAB local para ter acesso a advogado dativo. 

A ofendida pode procurar o Ministério Público? 
Sim, o Ministério Público tem grande atuação nessa área também, pois vai participar de todos os processos, podendo requisitar força policial e serviços públicos de saúde, educação, assistência social, segurança, e quando for o caso, encaminhar para o local adequado que presta a assistência jurídica gratuita. 

A mulher pode desistir de “processar” o agressor? 
Em regra não, pois a ação é pública incondicionada, ou seja, é o Ministério Público quem processa e não a ofendida. Porém, se for caso de ação pública condicionada à representação, por exemplo, ameaça, em que a vítima seja adulta e não vulnerável (assédio sexual), a mulher só pode desistir antes de o Ministério Público denunciar, se for na frente do juiz em uma audiência marcada só para isso. O objetivo é ter certeza de que a mulher não está desistindo só por pressão ou ameaça do agressor. 

Como são determinadas as medidas protetivas de urgência? 
O juiz tem 48 horas, independente de audiência, para conceder de imediato as medidas de urgência, que podem ser determinadas uma ou várias ao mesmo tempo, podendo ser acrescentadas ou substituídas para proteger a ofendida, seus familiares e patrimônio. 

 Quais são as medidas de urgência que o juiz pode determinar? 
O juiz pode determinar que o agressor não tenha mais posse de armas, que não frequente mais alguns lugares (como bar, boate), que não more mais com a ofendida, que não se aproxime e nem tenha contato com ela, que não visite mais seus filhos, que pague alimentos para eles, entre outras, com auxílio da força policial, se for necessário. O juiz também pode determinar a separação de corpos, que a ofendida volte a morar no local depois que o agressor sair, ou que ela não more mais no local, encaminhando-a para casa-abrigo ou programa de proteção, entre outras. 

Quais medidas de urgência o juiz pode determinar para proteger o patrimônio? 
O juiz pode determinar que o agressor devolva os bens que tirou da ofendida, que deposite um valor para perdas e danos materiais que a ofendida sofreu, que não possa comprar, vender algum bem, nem praticar atos em nome dela por um tempo, entre outras. 

 Disque denúncia: 180

ONGs de assistência e amparo à mulher:

SÃO PAULO 
Mais Marias
Fênix Ações Pela Vida

ACRE
Rede Acreana de Mulheres e Homens

RIO GRANDE DO NORTE
Centro Feminista 8 de Março

PERNAMBUCO
Coletivo Mulher Vida
Casa da Mulher do Nordeste

PARAÍBA
Cunhã Coletivo Feminista
Centro da Mulher 8 de Março

RIO DE JANEIRO
Centro de Defesa da Vida

AMAPÁ
Instituto de Mulheres Negras do Amapá

BAHIA
Centro Humanitário de Apoio a Mulher

BRASÍLIA
Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero
Cfemea – Centro Feminista de Estudos e Assessoria

GOIÁS
CEVAM – Centro de Valorização da Mulher Consuelo Nasser

SANTA CATARINA
Casa da Mulher Catarina

RIO GRANDE DO SUL
Coletivo Feminino Plural



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Como engravidar rápido? Confira 20 perguntas e respostas


Chega um período da vida que a mulher que, após se casar e estar habituada à vida a dois, começa a pensar em ter filhos. Além de sinal de amadurecimento e de afloramento do instinto materno, a vontade de ser mãe também chega para dar outro rumo à trajetória do casal, que passa a formar uma família dali para frente.

Felizmente, para a maioria das mulheres, engravidar costuma ser uma missão bem fácil de realizar. Basta apenas se livrar dos métodos contraceptivos e ser feliz com o seu amor entre quatro paredes.

Já para outras, a vontade de engravidar pode significar um problema, que pode estar ligado à doenças graves ou a uma simples mudança nos hormônios que impede o sonho da gravidez.

Afinal, é fácil ou difícil engravidar? Quais são as melhores maneiras de conseguir uma gravidez? Para tirar todas as suas dúvidas sobre como engravidar, nós separamos uma lista de perguntas das nossas leitoras e fomos atrás das respostas. Vamos conferir?

1 – É possível engravidar tomando anticoncepcional?

Sim. De acordo com médicos ginecologistas, toda mulher que faz uso de anticoncepcional e mantém relações sexuais regulares sem camisinha, pode sim correr o risco de engravidar. Mesmo tomando as pílulas de forma adequada e regularmente, esses métodos contraceptivos têm apenas eficácia de 98%. Ou seja, não se pode confiar totalmente nos anticoncepcionais.

2 – É possível ficar grávida depois dos 35 anos?

É sim. Uma mulher pode engravidar até antes da menopausa, que costuma chegar por volta dos 45 anos. No entanto, a gravidez depois dos 35 anos costuma ser de risco, já que há uma chance entre 600 nascimentos de o bebê nascer com Síndrome de Down. É claro que existe a possibilidade de uma gravidez saudável se a paciente for bem cuidada, mas as chances de malformações e doenças graves em bebês aumentam conforme avança a idade da mulher.

3 – Estou acima do peso. Posso engravidar?

Pode sim. No entanto, uma mulher acima do peso que queira engravidar precisa fazer alguns exames de saúde antes para saber como anda a pressão, colesterol e o índice de açúcar no sangue. Estes fatores são essenciais para uma gestação saudável e segura para mamãe e o bebê.
Esses exames poderão evitar doenças durante a gravidez, como diabetes gestacional, hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia ou bebês com macrossomia (grandes demais).
Vale lembrar que as chances de uma mulher com sobrepeso engravidar são menores também. Mas isso não significa que você seja infértil. Procure o seu médico para saber como anda o seu corpo e se informar melhor sobre uma futura gravidez.

4 – É possível engravidar sem o homem ejacular?

Sim. Antes de ejacular, o homem costuma liberar um líquido transparente que é produzido quando ele está excitado. Esse fluido, chamado de pré-ejaculatório, pode conter uma pequena quantidade de espermatozoides que podem sim fecundar o óvulo e provocar uma gravidez. Mesmo contendo apenas 10% de espermatozoides, o risco ainda é alto.

5 – É possível engravidar estando menstruada?

Apesar de ser um tema bem controverso entre ginecologistas, a resposta mais lógica é que não. A menstruação nada mais é do que a descamação do útero após a ovulação, ou seja, após a destruição do ovário não fecundado pelo espermatozoide. Portanto, não é possível engravidar durante o período menstrual.

6 – É fácil ou difícil engravidar?

Isso vai depender da idade da mulher. Segundo especialistas, a média de idade ideal para engravidar é dos 20 aos 30 anos. Antes disso, o corpo da mulher ainda não está totalmente formado, o que pode trazer alguns problemas durante a gestação.
Depois dos 30 anos, os riscos são os mesmos ou até mais graves. Quanto mais avançada for a idade da mulher, mais cai o nível de fertilidade. Portanto, depois dos 30 anos, fica mais difícil engravidar. Antes disso, as chances são muito maiores.

7 – Cigarro e álcool diminuem as chances de engravidar?

Sim. De acordo com ginecologistas, esses fatores podem mesmo interferir nas chances de engravidar, uma vez que o cigarro e o álcool são capazes de provocar uma queda na fertilidade feminina. Por isso, se você pretende engravidar, a dica é evitar o excesso desses dois elementos para conseguir uma gravidez de forma mais rápida e saudável.

8 – Estresse atrapalha quem quer engravidar?

Sim. Segundo os médicos, o estresse excessivo pode interferir na qualidade da ovulação, além de elevar um hormônio chamado prolactina, que é responsável por inibir os hormônios que coordenam os ovários, impedindo a ovulação.

9 – Com o passar do tempo, fica mais difícil engravidar?

Sim. Quanto mais avançada é a idade da mulher, mais difícil será conseguir uma gravidez. Isso porque a taxa de fertilidade feminina cai de forma visível com o passar dos anos, ainda de ocorrer uma piora da qualidade dos óvulos. Aos 30 anos, a taxa de fertilidade da mulher é de 15% a 20% por mês. Já aos 40 anos, por exemplo, essa taxa é de apenas 5%.

10 – Usar anticoncepcional por muito tempo deixa estéril?

Não. Esse é um mito muito temido pela maioria das mulheres. Na verdade, segundo especialistas, o uso das pílulas por um longo período pode proteger a fertilidade, muito ao contrário do que muitas pensam. Ao parar de tomar o anticoncepcional, o ciclo da mulher costuma voltar ao normal entre 20 a 60 dias (ou entre os segundo e terceiro ciclos). Ou seja, ela volta a ovular normalmente e, é claro, pode engravidar sem nenhum problema.

11 – Posso fazer o teste de gravidez um dia após a relação sexual?

Não. Especialistas recomendam que o teste de gravidez seja feito apenas em alguns dias de atraso da menstruação. Isso porque a mulher pode estar grávida, mas os níveis de Beta HCG sanguíneos só aparecem com 48 horas de atraso menstrual. Por isso, o prazo indicado é de sete dias de atraso da menstruação para fazer o teste.

12 – É mais provável engravidar no 14° dia do ciclo menstrual?

Parcialmente verdade. De acordo com ginecologistas, essa regra vale para quem tem ciclo de 28 dias. Na teoria, os 14 dias que antecedem a menstruação são o período mais provável da ovulação. Já o período fértil acontece 4 dias antes ou 4 dias depois da ovulação.

13 – Preciso ter relações sexuais todos os dias para engravidar?

Não. Os médicos não recomendam relações sexuais todos os dias, pois isso pode fazer com que os espermatozoides do homem não estejam viáveis. A dica é tentar engravidar dentro do seu período fértil, que é o mais propício para você conseguir o seu objetivo.

14 – Já tive um filho. Será mais fácil de engravidar a segunda vez?

Isso vai depender da idade da mulher. Quanto mais avançada for a idade dela, menores serão as chances de engravidar, mesmo que seja de segunda viagem. Ter um filho pela primeira vez não significa que ela conseguirá engravidar facilmente. Isso porque o organismo muda com o passar dos anos, o que pode dificultar a gravidez.

15 – Quem tem endometriose não pode engravidar?

Isso é um mito. Mulheres com esse problema podem sim engravidar, de forma natural ou com ajuda de reprodução assistida. Até porque alguns casos de infertilidade podem ser tratados com medicamentos ou procedimentos cirúrgicos.

16 – Menstruação irregular impede a gravidez?

É parcialmente verdade. A menstruação irregular nem sempre significa um problema. No entanto, ela pode sim ter relação com algum problema de ovulação e que, portanto, atrapalharia a engravidar. Por isso, é preciso procurar um médico para avaliar se existe algo fora do normal.

17 – Tentativas frustradas para tentar engravidar significam um problema?

Não mesmo. O tempo médio indicado pelos médicos para que uma mulher engravide é de seis meses a um ano. Durante esse tempo, não significa que haja algo anormal com o seu corpo. Portanto, fique tranquila e, enquanto isso, aproveite os chamegos e momento a dois com o seu amor.

18 – Todo tratamento para engravidar resulta em gêmeos?

Nem sempre, mas tem grandes chances de acontecer. Isso porque, com os estímulos dos medicamentos ou procedimentos, a mulher produz mais óvulos e, na fertilização in vitro, mais de um embrião é colocado no útero para reduzir a chance de um não dar certo.

19 – É possível engravidar na primeira relação sexual?

Sim. Apesar de ser menos comum, a gravidez neste caso não é considerada impossível. Se a mulher estiver no seu período fértil, pode engravidar como qualquer outra mulher que tenha vida sexual ativa.

20 – Quem tem miomas pode engravidar?

Pode sim. Alguns tipos de miomas, como os submucosos e os intramurais, não causam infertilidade, pois não estão dentro do útero. No entanto, mesmo aqueles que estão dentro do útero e acarretam esse risco podem ser removidos através de procedimento cirúrgico. Depois da remoção, a mulher já pode engravidar a partir do mês seguinte.
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