9 erros sobre fertilidade resolvidos
POR QUE VOCÊ DEVE PENSAR DUAS VEZES ANTES DE APOSTAR EM QUALQUER ESTRATÉGIA PARA GERAR UM BEBÊ
A gente acha que sabe o que está fazendo
(e gostamos de pensar assim), mas, às vezes – especialmente quando se
trata de engravidar – nós simplesmente não sabemos. O especialista em
obstetrícia, ginecologia e infertilidade, Glade B. Curtis, coautor do
livro Sua Gravidez: Semana por Semana (tradução livre), tem soluções para nove equívocos de fertilidade mais comuns.
1) Pirando com a demora
Você provavelmente tem pelo menos uma
amiga que, ao ficar grávida, disse: “Deu certo quando eu parei de me
preocupar”. É chato ouvir isso, especialmente quando tudo o que você
quer é engravidar e nada parece funcionar – mas, muitas vezes, é
verdade. O estresse pode ser um grande fator destruidor do processo de
fazer bebês. Quando você tem um elevado nível de cortisol, o hormônio do
estresse, isso pode afetar negativamente a ovulação e a fertilidade.
“Acalme-se, relaxe, deixe rolar”,
aconselha o dr. Curtis. “Pare de tentar planejar tanto. Em vez disso,
lembre-se de que a gravidez é um milagre que acontece com muita
frequência. Eu digo às minhas pacientes para, simplesmente, pararem de
tentar tanto, e, geralmente, dá certo”.
2) Sexo demais (ou de menos)
Se você vai fazer, faça direito (e a
quantidade certa de vezes!). Dr. Curtis recomenda ter relações sexuais
todos os dias ou em dias alternados durante o seu período mais fértil.
Se você, assim como muitas outras mulheres, não sabe direito quando é
esse período, mantenha durante todo o tempo que você acha que está mais
fértil. Se exagerar, pode esgotar a contagem de esperma do seu parceiro.
3) Usar produtos desnecessários
Embora a ducha possa ser um aliado
natural, isso absolutamente não é uma boa ideia quando você está
tentando engravidar. Duchas podem agir como um espermicida, alterando o
PH da sua vagina. “Isso tem sido mostrado como um redutor de
fertilidade”, afirma o dr. Curtis. O mesmo vale para os lubrificantes.
Muitos deles não apenas diminuem a quantidade de espermatozoides, como
também dificultam sua mobilidade.
4) Culpar-se por tudo
Quando falamos de infertilidade,
geralmente começamos perguntando se a condição da mulher é a questão. Na
verdade, o dr. Curtis explica que cerca de 40% dos casos de
infertilidade estão relacionados ao homem, 40% à mulher e 20% a uma
combinação de ambos os parceiros. “Muitas vezes, a candidata a ser mãe
corre para o médico ao primeiro sinal de uma demora do resultado. Isso é
errado, uma vez que há realmente uma igualdade em termos de
diagnósticos”. Lembre-se: um casal saudável geralmente pode levar entre
seis meses e 1 ano para engravidar.
5) Confiar na “acho que está certa” matemática
Não pense que você precisa de uma
licenciatura em matemática para engravidar. “Não entender o tempo da
ovulação é um erro popular”, diz o dr. Curtis. Para a maioria das
mulheres, a ovulação ocorre na metade do ciclo, mas também pode ocorrer
no 28° dia – para o ciclo de 32 dias. “A maioria das mulheres ovula 14
dias antes do início do seu período, também”, diz ele. “Então, por
exemplo, se você tem um ciclo de 24 dias, a ovulação é em torno do dia
10”. Toda essa informação pode ser confusa se você tiver períodos
irregulares ou simplesmente não consegue se lembrar da última vez que
menstruou.
Outro erro comum? Não contar a partir do
real primeiro dia do seu ciclo. “O primeiro dia é o primeiro dia em que
você sangra, não o dia seguinte ou o dia anterior”, salienta o dr.
Curtis. A fertilidade pode literalmente ter uma queda em questão de
horas, por isso é importante saber o tempo exato de seu ciclo.
Dr. Curtis sugere o uso de testes de ovulação de farmácia e a manutenção de um calendário para acompanhar o seu ciclo. Usar uma calculadora de fertilidade ou um aplicativo de celular também funciona.
6) Tentar cumprir o cronograma
Por mais que você tente, a gravidez não
pode realmente ser planejada. De acordo com o dr. Curtis, uma jovem
normal e saudável demora cerca de um ano para engravidar. “Muitas
mulheres levam cerca de seis meses ou mais apenas para começar a ter
ciclos regulares quando o efeito do contraceptivo cessa completamente. A
ovulação não é susceptível de acontecer até que os períodos fiquem mais
regulares”. Um conselho sábio? Fique à vontade. E se pelo menos seis
meses se passarem e você não tiver períodos regulares, não tiver certeza
de que está ovulando ou tiver dúvidas sobre sua fertilidade, então é
uma boa ideia procurar um médico.
7) Levantar correndo
Ninguém sabe por que, mas há um monte de
informações que apoiam o fato de que, após a relação sexual, é bom se
manter deitada na cama com os quadris elevados, por cerca de 20 a 30
minutos. Dr. Curtis concorda: “não pule e não corra para o banheiro ou
para a ducha!”. Segundo ele, essa única mudança de atitude poderia
resolver até 80% dos problemas de fertilidade. Assim, por mais que você
queira fazer uma dança da felicidade logo depois porque acha que acabou
de fazer um bebê, segure-se – pelo menos um pouco!
8) Ignorar as “neuras”
Talvez você sempre teve períodos
irregulares e esteja preocupada se vai ter problemas para conceber. Ou
talvez você tenha diabetes e queira se certificar de que está sob
controle antes de tentar engravidar. Verificar tudo isso com um
profissional não é ser neurótica ou louca – é ser inteligente! São
situações em que você não deve ignorar a ansiedade, afirma dr. Curtis.
Em vez disso, busque a ajuda de um consultor médico ou de fertilidade
para formular um “plano bebê”. Dessa forma, se você levar um pouco mais
para engravidar, você já vai saber como lidar com as coisas. E, se você
(surpresa!) flagrar-se lendo um sinal positivo mais cedo do que
imaginava, já vai estar sendo monitorada por um médico.
9) Deixar para se cuidar depois
Como o dr. Curtis coloca, “por que
continuar com bebida, álcool, fumo e drogas se você sabe que isso pode
afetar negativamente sua fertilidade?”. Ele adverte suas pacientes de
que a fase inicial da gravidez é a mais crítica para o desenvolvimento
do feto. “Não há quantidade segura de consumo de álcool durante a
gravidez, e sabemos que fumar é prejudicial. Meu conselho é, se você não
está se precavendo com relação a drogas, álcool e cigarros, aja como se
você já estivesse grávida”.
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