segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Tentantes: descubra o que você pode estar fazendo de errado!

 


O sonho de ser mamãe acompanha muitas mulheres. Porém, com os rumos que a vida profissional da mulher moderna pode tomar, essa vontade por vezes acaba sendo adiada. Mas não há problemas nisso, desde que haja planejamento por parte das tentantes e aconselhamento sobre o declínio da fertilidade com o avanço da idade.

Ao medo de “passar da idade” para engravidar soma-se a tensão de não saber o quanto vai durar a espera. Tal situação é mais comum do que pensamos. Muitas vezes, está ligada a problemas no organismo do homem ou da mulher, ou pode se tratar de infertilidade conjugal.

A boa notícia é que há casos nos quais a ausência da gravidez se dá por hábitos inadequados que podem ser corrigidos.

Para entender melhor, listamos abaixo alguns erros que você pode estar cometendo e que resultam na dificuldade de engravidar. Acompanhe o texto e saiba mais sobre o assunto!

Avaliação do período fértil

O rigor e sistematização na definição ou cálculo do período fértil é um dos erros mais frequentes entre os casais que estão tentando engravidar. Muitas mulheres utilizam aplicativos e intensificam ou programam as relações sexuais no período fértil. Isso pode ser um problema porque o stress gerado pela situação pode atrapalhar a harmonia e equilíbrio da produção hormonal para ovulação e implantação, além de desgastar o relacionamento conjugal.

Casais que apresentam duas relações sexuais ou mais por semana já estarão expostos à gravidez, pois o espermatozoide pode sobreviver até 72 horas no corpo da mulher e o óvulo entre 24 e 48 horas. Assim, uma excelente tática é criar um cenário diferente e deixar a relação ocorrer mais naturalmente, sem cobranças ou obrigações.

Poucas relações sexuais

Não existe uma frequência sexual mínima ou máxima que seja considerada normal. Cada casal encontra suas particularidades e necessidades. Entretanto, quando se fala em encomendar o bebê, o ideal é que o casal tenha no mínimo duas relações sexuais por semana. Um número maior de relações pode encurtar o tempo da chegada do bebê, mas mudanças exclusivamente por causa das tentativas de engravidar podem aumentar a ansiedade e o desgaste conjugal.

Uso de lubrificantes

Você utiliza lubrificantes artificiais nas relações sexuais? O papel do muco cervical é facilitar a locomoção dos espermatozoides até o óvulo e o uso de lubrificantes pode alterar esse mecanismo, dificultando a fecundação. A vagina tem componentes ácidos, enquanto o muco cervical é alcalino e ajuda também na conservação dos espermatozoides até que cheguem ao óvulo.

Alguns lubrificantes dificultam a mobilidade dos espermatozoides, que podem ficar inviáveis para fertilização. Para melhora da lubrificação vaginal, é importante que ocorram as preliminares e envolvimento entre o casal. Se mesmo assim for necessário o uso de lubrificantes, os compostos a base de água, transparentes, sem cheiro e solúveis são os mais indicados e interferem menos no processo de fertilização.


Hábitos inadequados

Há algumas mulheres que focam apenas nos cuidados com a saúde reprodutiva, mas tal medida não é suficiente. De nada adianta constatar que o útero e os ovários “vão bem, obrigada”, se a mulher não estiver disposta a parar de fumar, perder peso ou continuar exagerando nas bebidas alcoólicas.

Tais hábitos colaboram para que a gravidez demore a acontecer, mas isso não se resume somente aos cigarros e às bebidas. Café em excesso, refrigerantes, sal e sedentarismo também são prejudiciais nesse sentido. Portanto, procure manter uma alimentação balanceada, beba bastante água e pratique atividades físicas regularmente. Para que uma gravidez aconteça, é necessário que o seu corpo esteja em equilíbrio.

Má alimentação

Conforme citamos no tópico acima, é importante manter uma boa alimentação para engravidar. Se você restringe o seu prato a poucos tipos de alimentos ou come muitos lanches devido à correria do trabalho, está na hora de rever essa questão. Tal fator pode levar à insuficiência de nutrientes no organismo ou excesso de carboidratos, o que interfere diretamente na saúde geral e também na fertilidade. Se for o caso, recorra a um médico que auxilie na tarefa de perder peso com a ajuda de equipe multiprofissional.

Lembre-se que a obesidade pode estar associada à predisposição genética e você precisa procurar um time multiprofissional que leve em consideração as dificuldades de redução do peso devido a questões hereditárias.

Longa espera para consultar um médico

Se o casal já está tentando engravidar há algum tempo sem sucesso, o melhor a fazer é consultar um especialista em fertilidade. Aliás, todo casal que está pensando em ter um bebê deve procurar um médico para avaliar a saúde tanto do homem quanto da mulher, além de realizar exames antes de engravidar.

Se você já está tentando, é normal que o positivo demore alguns meses para chegar. Entretanto, se as tentativas já ultrapassam os 12 meses, talvez seja a hora de investigar a questão mais a fundo. Caso você tenha mais de 35 anos ou o casal apresente doenças que alterem a fertilidade, o ideal é esperar apenas 6 meses para procurar ajuda. Isso acontece porque a fertilidade reduz com o avanço da idade da mulher — portanto, não há tempo a perder.

Histórico de doenças que afetam a fertilidade

Existem algumas doenças que podem afetar a fertilidade, como endometriose, síndrome dos ovários policísticos, obstrução das trompas etc. Nesses casos, é necessário tratá-las e controlá-las antes de engravidar. No homem, podemos citar a varicocele e as alterações nos espermatozoides, facilmente identificadas em um espermograma. Entretanto, esse exame deve ser realizado de rotina, a não ser nos casos de infertilidade ou doença prévia conhecida.

Além de doenças diretamente ligadas a fertilidade, algumas patologias crônicas, como diabetes, obesidade, câncer e alguns distúrbios imunológicos também podem alterar o potencial reprodutivo. Daí a importância de recorrer a um especialista em fertilidade, que vai avaliar a saúde geral e reprodutiva do casal.

Por fim, uma dica para as futuras mamães é procurar um médico antes de começar a sofrer com a ansiedade e o stress. É importante não se precipitar, mas o retardo em busca de ajuda pode impactar a saúde reprodutiva e outras áreas da vida. Quanto mais você demorar a fazê-lo, mais a sua idade avança, a fertilidade diminui e o tão sonhado positivo vai ficando distante.

Muitas vezes, apenas um bom bate papo com um médico de confiança, um pouco de imaginação com o parceiro e um planejamento do tempo de espera para encomendar o bebê podem tornar essa jornada prazerosa e excitante na vida das tentantes! 





domingo, 10 de maio de 2020

Dia das mães de Tentante


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O dia das Mães para àquelas que ainda não tem esse sonho realizado, pode ser uma data na qual nos traga algum tipo de dor ou sofrimento, angústia pela espera, mas eu prefiro pensar de outra maneira.

Pensar com ESPERANÇA…🙏🏼

Mesmo que essa palavra possa nos soar de forma “rasa” (principalmente para quem já fez de TUDO) eu sempre insisto que sempre deve haver uma saída.

Nesse tempo de espera, o melhor a fazer é trabalhar e cuidar de SÍ MESMO.

Várias vezes nós recebemos uma enxurrada de noticias negativas, amigas e pessoas desacreditas, pensamentos desesperançosos, e tudo isso reflete na maneira como nós enxergamos o mundo e nossa atual situação, o que consequentemente se torna a nossa realidade.

Às vezes os sonhos que temos exigem muito esforço de nós e, depois de muitas tentativas, acabamos desanimando por achar que é um sonho impossível.

Mas o segredo para a felicidade está no esforço que fazemos para conseguir algo durante todo o caminho que percorremos para alcançar nossos objetivos, aprendemos coisas novas que fazem toda a diferença após alcançá-lo.

Espere pelo melhor, e ACREDITE que tudo vai dar certo.

Acredite, os desafios existem para nos colocar a prova, mas se os superarmos, conseguiremos chegar onde realmente sonhamos.

Nunca permita que ninguém menospreze os seus sonhos.

💙💜
Eu desejo muito que no ano que vem, você esteja comemorando o seu tão sonhado, dia das Mães.
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segunda-feira, 4 de maio de 2020

Ciclo menstrual - Você conhece seu ciclo?


A menstruação é a descamação da mucosa do útero (endométrio) acompanhada por sangramento. Ela ocorre, aproximadamente, em ciclos mensais ao longo da vida reprodutiva da mulher, exceto durante a gravidez. A menstruação começa durante a puberdade (na menarca) e para permanentemente na menopausa.
Por definição, o ciclo menstrual começa com o primeiro dia de sangramento, que é contado como 1º dia. O ciclo termina pouco antes da próxima menstruação. Os ciclos menstruais normalmente variam entre 25 e 36 dias. Apenas 10% a 15% das mulheres têm ciclos de exatamente 28 dias. Além disso, em pelo menos 20% das mulheres, os ciclos são irregulares. Isto é, eles são mais longos ou mais curtos do que a média. Geralmente, os ciclos variam mais e os intervalos entre as menstruações são mais longos nos anos imediatamente após o início da menstruação (menarca) e antes da menopausa.
O sangramento menstrual dura de três a sete dias, com uma média de cinco dias. Geralmente, a perda de sangue durante um ciclo varia entre 15 e 75 ml. Um absorvente higiênico ou um absorvente interno, dependendo do tipo, pode conter até 30 mililitros de sangue. O sangue menstrual, ao contrário do sangue resultante de um ferimento, geralmente não coagula, a menos que o sangramento seja muito intenso.
O ciclo menstrual é regulado pelos hormônios. O hormônio luteinizante e o hormônio folículo-estimulante, que são produzidos pela hipófise, promovem a ovulação e estimulam os ovários a produzir estrogênio e progesterona. O estrogênio e a progesterona estimulam o útero e as mamas a se prepararem para uma possível fecundação.

O ciclo menstrual tem três fases:




Fase folicular


A fase folicular tem início no primeiro dia do sangramento menstrual (1º dia). Porém, o principal evento nessa fase é o desenvolvimento de folículos nos ovários.
No início da fase folicular, o revestimento do útero (endométrio) está espesso com líquidos e nutrientes destinados a nutrir um embrião. As concentrações de estrogênio e de progesterona serão baixas caso nenhum óvulo seja fecundado. Assim, as camadas superiores do endométrio são derramadas e ocorre o sangramento menstrual.
Nesse período, a hipófise aumenta levemente sua produção de hormônio folículo-estimulante. Então, esse hormônio estimula o crescimento de três a 30 folículos. Cada folículo contém um óvulo. Posteriormente nessa fase, conforme a concentração desse hormônio diminui, somente um desses folículos (denominado folículo dominante) continua a crescer. Logo começa a produzir estrogênio e os outros folículos estimulados começam a se romper. A concentração de estrogênio que está aumentando também começa a preparar o útero e estimula o surto de hormônio luteinizante.
Em média, a fase folicular dura aproximadamente 13 ou 14 dias. Das três fases, essa fase é a que mais varia em duração. Ela tende a se tornar mais curta perto da menopausa. Essa fase termina quando a concentração do hormônio luteinizante aumenta dramaticamente (ocorre um surto). O surto causa a liberação do óvulo (ovulação) e marca o início da próxima fase.





Fase ovulatória


A fase ovulatória tem início quando ocorre um surto de hormônio luteinizante. O hormônio luteinizante estimula o folículo dominante a se sobressair da superfície do ovário e, finalmente, romper-se, liberando o óvulo. O grau de aumento na concentração de hormônio folículo-estimulante é menor. A função do aumento do hormônio folículo-estimulante não é compreendida.
A fase ovulatória geralmente dura de 16 a 32 horas. Ela termina quando o óvulo é liberado, cerca de 10 a 12 horas após ocorrer o surto de hormônio luteinizante. O óvulo pode ser fecundado por cerca de até 12 horas após sua liberação.
O surto de hormônio luteinizante pode ser detectado por meio da medição da concentração desse hormônio na urina. Essa medição pode ser utilizada para determinar quando as mulheres estão férteis. Há uma chance maior de ocorrer a fecundação quando espermatozoides estiverem presentes no trato reprodutor antes da liberação do óvulo. A maioria dos casos de gravidez acontece quando a relação sexual ocorro no prazo de três dias antes da ovulação.
No momento da ovulação, algumas mulheres sentem uma dor surda em um lado do abdômen inferior. Essa dor é conhecida como mittelschmerz (literalmente, dor no meio). A dor pode durar de poucos minutos a algumas horas. A dor normalmente é sentida no mesmo lado do ovário que liberou o óvulo, mas a causa precisa da dor é desconhecida. A dor pode ocorrer antes ou depois a ruptura do folículo e talvez não ocorra em todos os ciclos.
A liberação do óvulo não é alternada entre os dois ovários e parece ser aleatória. Se um dos ovários for removido, o ovário remanescente liberará um óvulo todo mês.



Fase lútea


A fase lútea tem início após a ovulação. Ela dura aproximadamente 14 dias (a menos que ocorra fecundação) e termina pouco antes da menstruação.
Nesta fase, o folículo rompido se fecha após a liberação do óvulo e forma uma estrutura chamada de corpo lúteo, que produz quantidades cada vez maiores de progesterona. A progesterona produzida pelo corpo lúteo tem as seguintes funções:
  • Prepara o útero no caso de um embrião ser implantado
  • Causa o espessamento do endométrio, fazendo com que ele fique cheio de líquidos e nutrientes para nutrir um possível embrião
  • Causa o espessamento do muco no colo do útero, para diminuir a chance de espermatozoides ou bactérias penetrarem no útero
  • Causa um ligeiro aumento na temperatura corporal durante a fase lútea, que permanece elevada até o início da menstruação (esse aumento de temperatura pode ser usado para avaliar se ocorreu ou não ovulação)
Durante a maior parte da fase lútea, a concentração de estrogênio é alta. O estrogênio também estimula o espessamento do endométrio.
O aumento nas concentrações de estrogênio e progesterona causa o alargamento (dilatação) dos dutos de leite nos seios. Assim, os seios podem ficar inchados e mais sensíveis.
Se o óvulo não for fecundado ou se o óvulo fecundado não se implantar, o corpo lúteo se degenera após 14 dias, a concentração de estrogênio e progesterona diminui e um novo ciclo menstrual se inicia.
Se o embrião for implantado, as células ao redor do embrião em desenvolvimento começam a produzir um hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana. Esse hormônio mantém o corpo lúteo, que continua a produzir progesterona até que o feto em crescimento possa produzir seus próprios hormônios. Os exames de gravidez são baseados na detecção de um aumento na concentração de gonadotrofina coriônica humana.

domingo, 19 de abril de 2020

Manual do período fértil: guia completo para quem quer engravidar

Com a ajuda de especialistas, reunimos informações para, por meio de métodos naturais, você descobrir a época ideal para engravidar!

Pode até parecer uma coisa simples e intuitiva, mas descobrir o tal do período fértil ainda é um desafio para muitas mulheres (e homens mais participativos). Tanto para as que querem engravidar quanto para as que não pensam em ter um rebento, saber mais sobre o próprio corpo pode significar autonomia e segurança — especialmente para as que fazem parte do primeiro grupo. De acordo com ginecologistas ouvidos pela Revista, há vários métodos, além dos exames tradicionais, para interpretar o que o corpo diz e se entender melhor. Preparamos um pequeno guia para você que deseja aprender a interpretar os sinais do seu corpo. Para isso, escutamos especialistas, que responderam algumas dúvidas comuns sobre um tema também ordinário, porém, complexo.

Período fértil

O primeiro passo para descobrir quando acontece o período fértil é saber exatamente o que o termo significa. Luciano de Melo, ginecologista associado da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), explica que esse é o momento em que a mulher está mais propensa a engravidar, uma vez que ocorre o que os médicos chamam de ovulação — quando o ovário libera um ou mais óvulos para serem fecundados. No ciclo, que começa no primeiro dia da menstruação e vai até o primeiro dia da seguinte, o período fértil ocorre na metade do processo. “Geralmente, 14 dias depois do primeiro dia da menstruação, isso em mulheres com ciclos regulares de 28 dias”, detalha.

Na ovulação, o óvulo desce pelas trompas de falópio e fica disponível para os espermatozoides. Claro que é preciso levar em conta que o organismo não é uma máquina precisamente ajustada: do mesmo modo que nem todas as mulheres apresentam um ciclo menstrual regular, ou seja, com a mesma duração todos os meses, o período fértil pode não acontecer apenas em um dia. Por isso, dependendo da intenção da mulher, é preciso prestar atenção. Se o desejo é de não engravidar, vale lembrar que, ainda que a relação sexual tenha acontecido um ou dois dias antes do período fértil, o espermatozoide ainda terá fôlego para cumprir sua missão. “Ao contrário do que muitos acreditam, os espermatozoides podem sobreviver até 72 horas (depois da relação sexual), e não 48h”, alerta Luciano de Melo.

Ciclos personalizados

Para mulheres com ciclos menstruais desregulados, calcular o período fértil é, literalmente, um desafio. Como não há um intervalo definido entre uma menstruação e outra, é preciso fazer um controle mais trabalhoso e com chances reduzidas de acerto. Luciano de Melo, ginecologista da Febrasgo, explica que o ciclo tem duas fases principais: na primeira, há o crescimento de um folículo, ou a ovulação desse folículo que cresceu. Nesse momento, os hormônios estrogênio e progesterona estão em níveis baixos. A parede do endométrio está fina, o útero está começando a menstruar e o ovário, em repouso. A hipófise (glândula do sistema nervoso central) passa a produzir o hormônio folículo estimulante (FSH), responsável por estimular os folículos do ovário. Os folículos crescem cerca de 2mm por dia, até atingirem de 20mm a 26mm. Só então o folículo dominante libera o óvulo.

O estrogênio faz com que a parede do útero torne-se mais espessa, já se preparando para uma possível gestação. A segunda fase, chamada lútea, acontece quando o corpo atinge o máximo de estrogênio, um dia antes da ovulação. Quando isso ocorre, a hipófise libera outro hormônio, chamado luteinizante (LH) — e o ciclo está na metade. “Essa fase é fixa em todas as mulheres, mas vai depender da quantidade de dias de cada ciclo”, explica o ginecologista. “O que vai variar é a primeira fase. Há mulheres que têm a primeira fase muito curta e ovulam no décimo dia. Somando os 14 dias da segunda fase, elas vão menstruar a cada 24 dias, por exemplo. Nesse caso, o período fértil dela é no décimo dia.”

Não ter um ciclo menstrual de 28 dias não quer dizer que há algo errado com seu corpo. Cada organismo funciona de uma maneira, segundo Luciano de Melo. O médico diz que é comum existirem ciclos que vão até 35 dias. Adolescentes na menarca (primeira menstruação) podem ter esse prazo esticado para até 45 dias, por conta de um sistema reprodutor ainda não totalmente amadurecido. Mulheres que estão prestes a entrar na menopausa também experimentam esse prolongamento, já que os ovários já começam a apresentar sinais de falência.


Por: Luciano de Melo, ginecologista associado da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

domingo, 1 de março de 2020

Assim é a gestação semana a semana!!


Março Amarelo - Mês Mundial de Conscientização da Endometriose


Vamos falar sobre mais uma importante campanha da área da saúde, o Março Amarelo, com a conscientização sobre a endometriose, uma inflamação aguda no sistema reprodutor feminino.

O que acontece é o seguinte: o endométrio é o tecido que reveste o útero preparando-o para o embrião. Geralmente, quando a fecundação não ocorre, placas de tecido endometrial são eliminadas na menstruação. Pode acontecer de essas placas se instalarem fora do útero e migrarem, através da corrente sanguínea, para outros órgãos como ovários, intestino, bexiga e vagina, caracterizando a endometriose.

Causas:
A doença afeta milhões de brasileiras em idade reprodutiva e as causas ainda não foram totalmente esclarecidas pela medicina, mas podem envolver estresse, ansiedade, fatores genéticos, alterações imunológicas, endometriais e até ambientais. O risco pode ser maior entre mulheres que tiveram o primeiro filho após os 30 anos de idade.

Sintomas:
A endometriose pode causar dor na região pélvica, dor durante a relação sexual, dificuldade para engravidar e, em alguns casos, infertilidade. Mulheres com endometriose grave, muitas vezes, são assintomáticas, enquanto outras no estágio inicial da doença, sentem dor que pode se tornar incapacitante. Geralmente, a dor associada à endometriose no período menstrual só aparece alguns anos após o aparecimento da doença. Também podem ocorrer disfunções intestinais durante a menstruação como, por exemplo, diarreia ou dor ao evacuar.

Diagnóstico:
O médico pode suspeitar de endometriose quando a mulher apresentar os sintomas típicos da doença. Muitas vezes, a doença não é percebida no exame físico, porém a mulher pode sentir dor durante o exame.
Em alguns casos, o médico é capaz de perceber massa de tecido atrás do útero ou próximo dos ovários, através do exame de toque. No entanto, ele só poderá confirmar o diagnóstico se tiver certeza que as placas observadas são de tecido endometrial, com a realização de exames mais específicos para diagnosticar a doença.
Existem exames capazes de diagnosticar se a endometriose está afetando a fertilidade da mulher.

Tratamento:
Na maioria dos casos, o tratamento recomendado é medicamentoso, para promover a melhora dos sintomas e impedir o avanço da doença. A cirurgia para retirada das placas é recomendada em alguns casos.

Prevenção:
A prevenção se faz com hábitos saudáveis: alimentação equilibrada, atividade física e consultas regulares ao ginecologista.

Cuide-se e compartilhe informação. Quanto antes a doença for diagnosticada, melhores são os resultados do tratamento.


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Veja também:

Bem vindo Março !